Na tabela de oposições ou tabela dos opostos de Pitágoras – trazida por Aristóteles – encontramos três entradas acumuladas no topo e que pertencem, de certa maneira, ao mesmo problema em última instância. O problema ficou conhecido historicamente como "problema da unidade e da diversidade". O que pretendo aqui é abordar por outros caminhos a questão. Conheçamos as entradas:
finito X infinito
ímpar X par
singular X plural
A terceira entrada não tem tradução tão simples, poderia ser vertida como: "único X múltiplos" e ainda outras variantes
Quando usamos a língua, ela nos usa e nos ensina muito, diversas vezes sem percebermos. O empilhamento desses três pares de opostos no início da tabela não é fortuito, pelo contrário, ambas as entradas fazem parte de uma mesma temática numérica ou numerológica, portanto linguística.
Quando usamos a língua há uma porção dela dedicada a algo que se chama em linguística de 'concordância', estrutura onde plurais devem acompanhar plurais e singulares, singulares. Isso nos aponta um pareamento dos elementos a princípio ímpares. A língua age a partir de um conjunto finito de estruturas, regras e funcionamentos, gerando, contudo, a infinita língua usada e abusada sempre, expansível e retraível.
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