Quando eu ajo ou penso, quando escrevo ou canto ou componho, eu não estou buscando A Verdade (um abraço pro careca da SS!). Isso nem faria sentido num tempo onde A Verdade foi descredenciada – termo importante: ela perdeu crédito, mas também não tem mais credenciais, quer dizer, não exerce mais seu poder de outrora, como também faltam títulos ou ações que lhe abonem. Sendo assim, o que raios eu (des)faço? Com'onde me situo? Teoricamente é o que vem sendo chamado de performativo, um regime (a ambiguidade dietético-política é intencional) que escapa da esfera denotativa, buscando muito mais uma afecção que uma referencialidade. A produtividade (de verdade – olha!, outra inteligência das palavras!) é o destino ao qual se chega inadvertidamente por esse acaso. Então, antes de procurar verdade no que digo, procure o que digo em verdade (e prolifera a sabedoria das palavras!).
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