A crítica conclui, isto é, dá-nos a certeza de que a crítica é absolutamente irrefreável. Em outras palavras: é impossível evitar interpretação. O mero fato de haver interpretação põe um resto (ou seja, fundamento) ininterpretável. Daí se compreende que o segredo não se divide em revelação e manifestação, ou seja, verdade e comunicação. O segredo é segredar. O enigma é enigmático. Assim a crítica, isto é, o segredo, o mistério, o enigma, é o silêncio do qual emerge, e para o qual retorna, toda linguagem. Jaz aquém (além): é absolutamente indizível (e impensável, e irrepresentável, e…). Só sabemos que (não)existe porque (não)podemos (não)senti-lo daqui.
Hermetology #1
Critique concludes, i.e. gives us the certainty that criticism is absolutely irresistible. In other words: it is impossible to avoid interpretation. The mere fact that there is interpretation posits an uninterpretable rest (i.e., foundation). Hence, it is understood that the secret is not divided into revelation and manifestation, that is, truth and communication. The secret is secrecy. The enigma is enigmatic. Thus, criticism, that is, secrecy, mystery, enigma, is the silence from which all language emerges, and to which it returns. It lies beneath (beyond): it is absolutely unspeakable (and unthinkable, and unrepresentable, and…). We only know that it (does not) exists because we (cannot) feel it from here.
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