Feita hoje, assim que cheguei em casa, das 19 horas e 31 minutos às 21 horas e 15 minutos, após longo banho, saiu-me uma poesia. Feita mais de esforço e suor que inspiração (e bote suor, esquenta a estação, aproxima-se de nós o verão) ela é filha da labuta diária dos que intentam escrever, ao menos, semi-profissionalmente. Espero que esteja de agrado aos paladares leitores.
Derribam-se os castelos, os costumes,
Restam-nos os poetas.
Se tu fores capaz de atribuir
A outros todo o dom
De reconstituir nossa nação,
Então serás herege.
É de nossos melhores versadores
Que despontam os grandes postulados.
São-nos o soberano e fatal
sumo, a essência mesma da verdade.
Os tolos pensam: "só falam de flores,
Fracassados amores, magoados,
Só choram o que nunca desfrutaram".
Têm lá sua razão de assim pensar,
Há péssimos poetas espalhados
Por toda a nossa terra.
Não é neles, porém, que inspirar
Nossas almas devemos.
Nos mestres do passado buscaremos
As origens de quem somos e fomos.
Pois cantando nasceram as nações.
Ótimo! Como sempre.
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