Sempre mexendo no cabelo. Vídeo no banheiro, escovando os dentes; exibe vestido verde no samba na laje – bar chique, apenas imita barraco, nada do que se imaginaria pelo nome. Mexe sempre no cabelo, na selfie e no vídeo sensual. Por que tamanha ansiedade? Angústia transbordando até se sentir de longe. Sempre drinque na mão: álcool amigo inseparável. Já não tem o nariz de outrora, nem traz o busto diminuto de antanho. Algum valor há, deve haver. Sim, é isso mesmo. Há valor porque há medida. Assim, já não há nada. Só vale o que não pode valer, sem medida. Apenas cálculo, aritmética do lucro das sobras dos restos. O essencial.
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