terça-feira, 24 de setembro de 2019

Vácuo [reescrito]

Densa noite adentra rasgando o céu em escuridão. Prateado hipnotizante olhar dela, derruba do mais alto os anjos, rouba a alma ao mais forte dos homens. Suas acompanhantes, eternas amigas, reluzem também, todas distantes – fazem da imensidão obscura um recorte de brilhos.
Quase me esqueço dos frutos saturninos levando consigo toda razão. Um coração ferido e quebrado pode alcançar poesia (?) caçando e alimentando um lobo odiento e solitário, maculado com as chagas da carne de um mestre amigo crucificado.
Nunca me prometas Amor, Amor. Sei quem és e falharás em cumprir tuas vãs palavras. O doce de lábios acabará algum dia como o vento que dissemina o sexo das flores para todos os seres.

Falta coração; cresço distante do centro.

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